quarta-feira, 29 de junho de 2011

UM PONTO NEGRO

 
 Momentos de reflexão

        Conta-se que um professor preparou sua aula estendendo um grande lençol branco em uma das paredes da sala, na medida em que os alunos iam entrando, tinha sua curiosidade aguçada por aquele objeto estranho estendido bem a sua frente.
         O professor iniciou a aula perguntando a todos o que viam. O primeiro que se manifestou disse que via um pontinho negro no que foi seguido pelos demais, todos conseguiram ver o pontinho negro que fora colocado de propósito no centro do lençol branco. Depois de perguntar a todos se o ponto negro era a única coisa que viam e ouvir a resposta afirmativa, o professor lançou outra questão: Vocês não estão vendo todo o resto do lençol? Vocês conseguem somente ver o ponto negro e não percebem a parte branca que é muito mais extensa?
         Naquele momento os alunos entenderam o propósito da aula: Ensinar a ampliar e educar a visão para perceber melhor o conjunto e não ficar atento somente aos pó-menores ou as coisas negativas. Essa é na maior parte das vezes, a nossa forma de ver as pessoas em situações que nos odeiam, costumamos da um peso exagerado as coisas ruins e pouca importância ao que se realiza de bom.
         Se um amigo sempre nos trata com cortesia, afabilidade e atenção e num determinado momento nos trata de forma áspera; pronto! Tudo que ele fez até então cai por terra, já nos indignamos e o conceito que tínhamos dele, até então, muda-se totalmente. É como se nossos olhos só pudessem ver um pequeno ponto negro, não levamos em conta a possibilidade de nosso amigo ou amiga está precisando de nossa ajuda. Não nos damos conta de que talvez esteja com dificuldades e por isso agiu ou nos tratou de forma diferente. Temos sido tão exigente com os outros! Mas, se somos nós que estamos indispostos todos tem que suportar o nosso mau humor, nossa falta de cortesia.
         Um exemplo claro a esse fato é esse: Um casal completava seus 60 anos de matrimônio e uma das netas perguntou a avó: Vozinha, como é que a senhora agüentou o vovô até hoje? Ele é uma pessoa muito difícil de tolerar. A vovó com um sorriso de serenidade respondeu a neta: é simples minha filha eu sempre tive comigo uma balança imaginária; colocava em um dos pratos as coisas ruins que seu avô fazia e no outro prato da balança eu depositava as coisas boas, e o prato sempre pendia para o lado das coisas boas.
         Nós também fazemos uso da balança imaginária, mas muitas vezes o peso que atribuímos às coisas ruins é desproporcional por isso a balança tende a pender mais para esse lado, vez ou outra é importante que façamos uma aferição em nossa balança para verificar se ela não está desregulada pendendo muito para o lado dos equívocos.
         Saibamos valorizar as boas ações, não façamos como os alunos que só viam o ponto negro no centro de um enorme lençol branco. Eduquemos a nossa visão para perceber as coisas boas da vida, desenvolvamos nossas capacidades de ver e valorizaremos tudo que nos acontece de bom.
         Saibam que os bens feitores da humanidade recomendam que sejamos severos para conosco mesmos e indulgentes com nosso próximo. Contrariando tal recomendação a maior parte das vezes somos indulgentes para conosco e muitos severos para com os equívocos alheios. Vale à pena meditar nos ensinos que nos chegam do alto, vale a pena que exercitamos o perdão aos semelhantes e vale também à pena, que sejamos mais exigentes conosco buscando sempre melhorar nosso comportamento.           

Nenhum comentário: