Juninho Um amor que nunca esquecerei |
Sou uma pessoa de sorte, pois sempre em minha vida profissional tive oportunidades diversas em lecionar para diversos públicos de classes menos favorecidas. Sempre estive entre as Instituições privadas e públicas, o que me oportunizava fazer relações didáticos pedagógicos, discursos das formações continuadas e avaliação dos rótulos e oportunidades de condições entre classes privilegiadas e menos privilegiadas.
No processo eu sempre conseguia relacionar as diferenças existentes entre os lamentáveis e infelizes comentários do tipo: "Se chegar em minhas mãos crianças doentes, eu entrego as estagiárias contratadas". "Concursada tem direito a uma sala de crianças normais. Quem quer perder tempo ensinando a quem não aprende", entre tantas asneiras que feria a condição humana de qualquer pessoa. Acredito!
Bom, eu sempre fui à estagiária privilegiada. Sim, privilegiada! Era assim que eu me sentia e me sinto a cada turma que eu tenho que assumir porque alguém abandonou, ou pediu transferência para não encarar o "problema sem solução da escola"[ palavras de ditas profissionais concursadas].
Particularmente eu não conseguia aceitar essa forma de tratamento vindo de uma profissional e em especial quando era Pedagoga. Pois após tantos anos de formação teórica e práticas de estágios, formações continuadas e cursos investidos, eu não conseguia relacionar em que mundo profissionais deste nível estava fazendo na prática educacional.
Uma prática completamente contraditória a tudo que aprendemos quando ao tocante da afetividade e do respeito ao ser humano; a começar porque a nossa atuação eram em salas separadas, chamadas de "Sala dos Portadores de Necessidades Especiais", cujo atendimento(avaliação) era realizada por Itinerantes. Que até tentava ajudar, mas em sua maioria, não tinha condições desejáveis para a atuação necessária. Imagine uma avaliação para incluir uma pessoa numa sala de ditos "normais"? Era esse o trabalho. Sempre acreditei que a inclusão escolar vai além de tudo isso. As patologias tem agravantes e atenuantes. Ao meu ver o atendimento deveria ser especializado com profissionais capacitados em suas especificidades. Pois enquanto professores realizamos imensos relatórios após laudos médicos de especialistas, já que dependem do olhar pedagógico. Caberia a essa questão um olhar mais apurado tanto de cunho pedagógico quanto científico as patologias, e mais sensível a vida (des)humana que essas crianças estão expostas na sociedade.
Algumas perguntas me veem a mente, do tipo: Quando vão respeitá-los se os separam do convívio com os demais? E se incluir como penso que deve, quais serão as medidas pedagógicas e acordos legais a se cumprir? Fico também a pensar na formação dos docentes os quais tenho observado. Bom, a vida é uma carrossel, não sabemos quantos giros irá dar para chegar a uma decisão definitiva de como ficará o futuro dos" incluídos"/excluídos. Excluídos porque se na prática tudo é diferenciado, como entender uma inclusão escolar com essa prática: O lanche, o recreio, o contato com os demais = Tudo em horários e ações diferenciados. Analise!
Mas, vamos entender por que a data 21/03 foi pensada para entendemos a Síndrome de Down.
Trabalho Voluntário! Onde eu vou deixo um pouco de mim. Se não sentiram é porque não compreenderam a dimensão do amor que coloco em tudo que faço. |
Significa que temos a multiplicação de 23 pares de cromossomos.
Como explicar a Síndrome?
É um acidente genético provocado por uma alteração dos pares de cromossomos da célula humana, especificamente a do “par” 21, por possuir uma célula a mais que forma 3 cromossomos.
Explicando: Temos 23 pares de cromossomos. O cromossomo de número 21, visto como “par” pela linguagem (23 pares) é alterada para 3 cromossomos que chega ao total de 47.
É essa alteração, por fugir da regra normal que constitui ou forma a Síndrome.
Em resumo - Um dito “normal” tem 46 cromossomos e um portador da Síndrome de Down tem 47.
É essa alteração, por fugir da regra normal que constitui ou forma a Síndrome.
Em resumo - Um dito “normal” tem 46 cromossomos e um portador da Síndrome de Down tem 47.
O que tem a ver a data 21/03 com a Síndrome de Down?
A data revela a explicação da Síndrome. Porque 21 é célula alterada e 3 é a quantidade da alteração dos cromossomos.
A verdadeira inclusão escolar propõe que todos os dias sejam deles.
A data revela a explicação da Síndrome. Porque 21 é célula alterada e 3 é a quantidade da alteração dos cromossomos.
Quais os pressupostos teóricos da Síndrome de Down?
De acordo com Beiguelman (1990,
p.185) muito antes que a relação genética com a síndrome de Down fosse
descoberta, John Langdon Down, um médico inglês, descreveu essa condição como
um conjunto distinto de características. Em 1866, diferenciou a síndrome de
Down de outras condições, observando algumas das características comuns a ela
associadas, como cabelos lisos e finos, nariz pequeno e face alargada. Down é
também responsável pela sua denominação de “mongolismo”. Ainda segundo
Beiguelman (1990, p.217) historicamente, sabe-se que, vinte anos antes da descoberta
da Síndrome de Down, ela havia sido descrita pelo pesquisador e cientista
Séguin, em 1846, sob o nome de “idiotia furfurácea”.
Ao longo dos anos, muitos
outros termos foram usados, entre eles o popular “idiotia mongolóide”. Essas e
outras denominações depreciativas não são mais empregadas hoje em dia, muito
embora o meio escolar e comunidade ainda precisem ser lembradas de que a
síndrome de Down não se refere a alguém que é infeliz ou inferior. Na verdade pouquíssimas
pessoas conhecem ou percebem que o termo “Síndrome de Down” foi definido em
homenagem ao médico que fez à sua primeira descrição, após longas pesquisas.
A verdadeira inclusão escolar propõe que todos os dias sejam deles.
Salve, 21/03/2012.
Ciber@braço! Josivania Freitas.