segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Avatares no Ensino Fundamental


Considerando a geração atual precisamos sempre adaptar atividades que envolvam as TICs -Tecnologias da Informação e Comunicação, assim como as TDs- (Tecnologias Digitais) em sala de aula presencial. Penso que, se o nativo/residente digital traz uma bagagem de informação o professor não deve desperdiçar as possibilidades de aprendizagem. É incumbência do educador redimensionar uma proposta pedagógica que, motive o aprendiz ajudando-o a desenvolver as suas potencialidades e estilos próprios de aprender. Dentre as possibilidades e processos estratégicos para a aprendizagem, reflito a dimensão dos estilos de aprendizagem que os discentes incorporam e vivenciam no espaço virtual. 
Nas turmas as quais desenvolvi aulas-atividade há quase 2 anos, na Prefeitura do Recife-PE, percebi toda uma dimensão de estilos de aprendizagem no virtual e presencial que instigou o processo de ensino e aprendizagem e, portanto, necessitou de diversas observações e análises estratégicas que suscitaram em intervenções pedagógicas no processo de aprendizagem individual e coletiva do aluno. 
Pois, pensar uma sala de aula homogênea em plena era digital onde a relação de transposição de redes em meios a tantos softwares e aplicativos, é reafirmar uma impotência cognitiva e relutante da classe profissional de docentes, quanto a aplicabilidade das estratégias didáticas que devem ser contempladas em suas diversidades, sem esgotar a relação síncrona e assíncrona entre o professor e o aluno numa dimensão que os contextos sejam contemplados.  
Nessa dimensão, pensando a teoria e prática, realizei com 4 turmas durante o anos letivo/2015 alguns trabalhos, entre eles: os que refletiam a cultura, o conhecimento, a busca profissional, a vivência diária escolar e a dimensão social, os contextos das relações familiares em conjunto com a abordagem reflexiva sobre questões étnico-raciais, consubstanciadas pela lei 10.639/03, transcrita no currículo escolar como ferramenta pedagógica a contribuir para o ensino politizado à medida que, o entendemos como artefato das questões de poder e identidade. 
Nesse processo de ensino e aprendizagem foi possível, entre as análises, perceber o quanto modifica a forma como os alunos são identificados e como se veem na dimensão escolar, e como eles gostariam de serem vistos no meio social. 
O resultado do projeto didático vivenciado confirmou o problema inicial de que: os alunos do Ensino Fundamental do 4º, 5º anos e de correção de fluxos, residentes digitais, tem reconhecimento igualmente nivelado, quanto às questões étnico-raciais, no processo de autorreconhecimento sócio-interacionista  na modalidade de ensino presencial assim como, transpõe a confirmação na rede social "Facebook". 
Assim como, confirmaram as questões das análises realizadas, entre elas: 
1. Os alunos do ensino fundamental do 4º, 5º anos e de Correção de Fluxo, residentes digitais, não possuem autorreconhecimento ético-racial em sala de aula presencial? 
2. Como acontece o processo de autorreconhecimento ético-racial na rede social "Facebook"?  
3. Como os alunos identificam-se ético-racialmente em sala de aula?
4.  Existe aceitação igualmente nivelado, quanto às questões  ético-raciais em sala de aula e na rede social  "Facebook"?
Quanto às características físicas relatadas em entrevistas e textos dissertativos pelos 66 alunos analisados no presencial e  identidades virtuais analisadas, através dos perfis e inferências de diversas postagens entre grupos dos níveis de ensino analisados, foi possível confirmar os  seguintes dados:
Na sala de aula presencial, 46  alunos negros, afirmaram que gostariam de ter olhos azuis ou verdes, cor da pele clara, branca ou parda. As informações foram transcritas no desenvolvimento dos textos e nas apresentações de grupos como: “sou moreno clarinho ou morena clarinha". Quando não, tinha no discurso: "meu pai é preto, mas minha mãe é branca e, eu puxei a ela." "Eu nasci mais branquinho, mas com o sol da praia do Pina eu fui escurecendo e, agora, eu sou moreno puxando mais pra cor do meu pai que, é moreno escuro". Nesse processo de autorreconhecimento sócio-interacionista foram declarantes, apenas, 2 dos alunos como: "Sou negro/negra, professora. Melhor dizendo, minha família toda é negra". Portanto, dos 66 analisados foram os únicos alunos que apresentaram autoconhecimento ético-racial em sala de aula e na rede social "Facebook".
Na rede social "Facebook", dos 66 alunos avaliados, 64 apresentam perfis e diálogos completamente diferentes da realidade ético-racial, confirmando o que transmitiram nas apresentações dos grupos em salas de aula e nos textos desenvolvidos nas atividades solicitadas.
Em hipótese alguma os demais alunos identificaram-se, mesmo afrodescendentes, como negros. A terminologia "Negra/ Negro" era modificada verbalmente e descritivamente nas produções textuais e nas interações no "Facebook" como: “sou moreno claro ou mais ou menos escuro, sou morena clara ou mais ou menos escura”. Contudo, o não autorreconhecimento em sala de aula foi bem maior. Pela analise realizada nas coletas de perfis de redes, dos 66 alunos, 20 tinham dificuldades de acesso na rede, pois, dependiam de lan house. Logo, as discussões eram trazidas para sala de aula, objetivando que a interação fosse realizada.
Dos 66 alunos analisados foi possível constatar que: no presencial 46 se autoafirmaram "brancos" ou "moreno clarinho ou morena clarinha".  No “Facebook”, 20 deles autoafirmaram reconhecimento ético-racial. Embora desses 20 alunos avaliados, 15 demonstraram e reafirmaram preferir ser vistos diferentes em suas características da realidade ético-racial, não aceitando a condição de autorreconhecimento raciais naturalmente declarados: "não aceito ser negro". Os 5 restantes afirmaram reconhecimento. Dos 5 alunos, 3 afirmaram: "sou negro (a), mas prefiro não falar da cor da minha pele, porque é muito diferente da turma, professora". E, apenas, 2 declararam ser negro/negra , inclusive, relacionando ao meio social a qual pertencia.
As análises foram realizadas a partir dos trabalhos produzidos pelas turmas nas aulas-atividades, desenvolvidas durante o ano letivo/2015. 
A proposta foi desenvolver textos descritivos a partir da criação de uma obra de arte, com o software Mywebface, em que os alunos teriam que realizar a criação de um avatar que representasse as características físicas do (a) aluno (a).
A representação deveria ser a identidade dos mesmos, na vida presencial e virtual.  Nesse sentido, a construção deveria transpor a rede social "Facebook" para análise.
O tema da aula vivenciada como prática de ensino foi: COMO ME VEJO?  Assim sendo, os alunos desenvolveram textos descritivos de como se viam.
Em seguida foi solicitada uma identidade presencial e outra virtual.
Para fechamento das análises foram desenvolvidas atividades em forma de desenho nas produções de textos em sala de aula, assim como, desenvolvemos algumas técnicas de pintura com lápis de cor, giz de cera e tinta guache. Assim, foram possíveis as possibilidades da identificação ético-racial a qual propus.  
Para o virtual a produção artística individual foi desenvolvida, através do Software Mywebface que solicitava diversas inferências do (a) aluno (a). 

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Reportagem: " As dores e delícias do Ensino Superior".

Entre os meses setembro/outubro-2015 fui convidada para uma entrevista pela repórter Marília Alves Banholzer do NE10. O tema polêmico foi um Especial sobre Educação Superior. Houve alguns destaques enquanto cultura indígena/indigenista, mas como sempre a polêmica das bolsas acadêmicas permanecem devido as oportunidades concedidas aos Programas do Governo atual( Lula e Dilma ). 

Embora muitas distorções e as formas de compreender dos que participam ou veem os processos culturais indígenas e/ou indigenistas(bem diferentes) tem sempre alguém, fora do contexto cultural, que consegue não relacionar a questão indígena ao seu real contexto. 

A curiosidade é a de sempre: " como são os rituais sagrados? Esse ano você vai para o Ouricuri? Você é índia? "Morou quanto tempo na tribo?" "Você continua índia?"[....] Bem, por mais que eu afirme não possuir vínculo com terras e que não pratico rituais sagrados, mesmo possuindo um imenso respeito, e, por mais que eu reafirme que no meu dia a dia não existe nada que me leve a refletir a cultura indígena, tem sempre uma gracinha, do tipo: "você se fantasiaria?" Pintaria o corpo e pousaria numa entrevista?" "Dançaria a dança da chuva"?  "Baixa a Jurema?" "Se você olhar nos olhos de alguém consegue ver algo"? Você tem algum guia?"

Deixo sempre claro que ser indigenista é defender a importância da luta de minhas origens. Sou descendente indígena e tenho orgulho dos meus antepassados, mas não posso usar de barganha ou conveniência uma história passada que teve alteração por diversas situações familiares, sociais e contextos diversos. Costumo falar que não sou a índia que pintam.

Nunca negarei que a cultura me encanta, que sou fascinada pela forma de conhecer a  natureza dos espíritos através dos pajés. Está em mim a essência e a condição de crer na existência dos espíritos do bem que nos encaminham e protegem na vida. E essa condição de crer  também é escolha. Nunca conheci alguém mais espiritualizado do que um Pajé. A sabedoria é milenar e vai passando de geração a geração. Essa escolha tem muito do que aprendi na infância com a minha vozinha: cacique revolucionária dona Mazé, que conseguiu mostrar em meio a tanta dor e situações delicadas sua força enquanto guerreira. 

A entrevista saiu no mês de novembro(não na íntegra tudo que conversamos/curiosidades sobre a cultura, etc;). O foco da entrevista pela repórter Marília foi o Ensino superior, portanto," As dores e as delícias do Ensino Superior"; a quem sou grata por todo  carinho  e respeito durante a entrevista.








Não sei o porquê, mas eu sempre me encontro entre as dores e as delícias da vida....Vai saber!!!

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Crônica: "O amor de Tumitinha era pouco e se acabou"

Lendo  as Crônicas de Mario Prata(1997), visando planejar as aulas atividades da semana, me deparei com este trecho de uma crônica, que é impossível não lembrar de mim. O autor não me conhece, mas escreveu muito de minha história. Com exceção da reação do sujeito no último parágrafo,em que é relatado o quanto sofreu, ao contrário dela eu rir que chorei  de minha inocente compreensão e, até  contava as amigas mais próximas.  Tanto é que eu jurava que tinha sido uma quebra de sigilo de Irani Elias, com apoio total de Adelson; que sempre riram dos meus micos.

A crônica é contada da seguinte forma: 

" Você também deve ter alguma palavra que aprendeu na infância, achava que tinha um certo significado e aquilo ficou impregnado na sua cabeça para sempre. Só anos depois veio a descobrir que a palavra não era bem aquela e nem significava aquilo. Um exemplo clássico é a frase [...] HOJE É DOMINGO, PÉ DE CACHIMBO. Na verdade não é PÉ DE CACHIMBO, mas sim PEDE(do verbo pedir) CACHIMBO. Ou seja, PEDE paz, tranquilidade, moleza [...]. E a gente sempre a imaginar um pé de cachimbo no quintal, todo florido, com cachimbos pendurados, soltando fumaça. E, assim, existem várias palavras. Por exemplo:[...]
 TUMITINHA- todo mundo conhece a música "Ciranda, Cirandinha". Uma amiga minha me confessou que, durante anos e anos, entendia um verso completamente diferente. Quando a letra fala "O AMOR QUE TU ME TINHAS ERA POUCO E SE ACABOU", ela achava que era "O AMOR DE TUMITINHA ERA POUCO E SE ACABOU".Tumitinha era um menino, coitado. Ficava com dó do Tumitinha toda vez que cantava a música, porque o amor dele tinha se acabado. E mais, achava que o Tumitinha era japonesinho. Devia se chamar, na verdade, Tumita. Quando ela descobriu que Tumitinha não existia, sofreu muito. "

Não tem como não lembrar, Ayanna teve meu mesmo registro da infância; chegou a desenhar o TUMITINHA com o AMOR que perdeu [kkkkkkkkkkkkkk]


domingo, 20 de julho de 2014

Considerações sobre os Estilos de Aprendizagem no Virtual



Durante dois (2) anos no Mestrado Acadêmico, sob orientação da Professora Dra. Ana Beatriz realizamos um profundo estudo sobre os ESTILOS DE APRENDIZAGEM NO VIRTUAL: AS PREFERÊNCIAS DO DISCENTE DO ENSINO SUPERIOR A DISTÂNCIA e, como a teoria perpassa todo um histórico para o processo do sujeito aprendiz, destacarei alguns pontos importantes que nos inquietaram para intensificarmos a realização da pesquisa.
O referencial teórico sobre os estilos de aprendizagem, inicialmente, foi embasado no trabalho desenvolvido pelos pesquisadores espanhóis Catalina Alonso e Domingos Gallego em parceria com Honey que diferenciaram os estilos de aprendizagem conforme contextos e áreas específicas, assim sendo reconhecidos como protagonistas dos estilos de aprendizagem no meio educacional; considerando que a reestruturação do questionário para identificar os estilos de aprendizagem existentes foi direcionada para o campo das questões sociais relacionadas à educação.
De acordo com os autores o uso do questionário (CHAEA- Cuestionario Honey Alonso de Estilos de Aprendizaje/Espanhol) CHAEA- Questionário Honey-Alonso de Estilos de Aprendizagem/Português) direciona a compreensão na forma de aprender dos indivíduos; pois os resultados adquiridos a partir das pesquisas universitárias realizadas na Espanha em 1994 por Alonso e Gallego, indicam que os resultados apresentaram um ponto em comum: a indicação de que cada indivíduo tem um ritmo próprio e uma forma diferente de aprender.
O que nos levou a compreender que os indivíduos possuem ou apresentam particularidades diferenciadas, portanto, não podem ou não devem aprender de forma homogênea, assim como, também percebemos que a teoria perpassa diversas áreas atingindo processos de aprendizagem formal, não formal e informal.
Para a realização da pesquisa consideramos que a partir da identificação dos estilos de aprendizagem é possível a percepção de que os aprendizes adquirem formas diferenciadas de aprender, compreender, organizar e internalizar processos contínuos diversos na aquisição da aprendizagem e que esse processo repercute nas ações dos sujeitos tanto no presencial como no virtual.
Assim como compreendemos que pode ocorrer uma transferência na forma de aprender do sujeito em sua ação contínua no uso de possibilidades presenciais assim como para o espaço de uso virtual, seja em uma plataforma específica como se deu nossas análises ou em um espaço virtual no qual acontecem diversas interferências e colaborações. É possível também que em alguns casos, essa característica ou forma de aprender, seja ou não intensificada e/ou mantida para mais ou para menos no uso do espaço virtual como constatado em nossas análises.

Vamos dialogando no EaD no Face.... https://www.facebook.com/eadnoface




terça-feira, 2 de julho de 2013

Os Sete Saberes Necessários a Educação do Futuro

Durante muitos anos estudei e lecionei a disciplina Filosofia. Edgar Morin é um dos grandes Educadores em que eu sempre me inspirei nas leituras e admiro. De algumas das obras que li uma é muito especial: "Os Sete Saberes Necessários a Educação do Futuro".

Por este motivo decidi deixar algumas concepções do que internalizei e resumi com base no autor adaptando a realidade das turmas para expor no virtual, já que durante meu percurso acadêmico, costumava ler e deixar o registro em um caderno dos livros que me inspirava fazendo-me ter prazer em ler mais e mais....

Inicialmente é importante salientar que  a obra "os Sete Saberes Necessários a Educação do Futuro" não é um credo, compreendo que são modalidades que devem ser redefinidas pelo educador.

Para essa afirmativa analisei em discussão, no ensino médio, o texto: "É preciso não destruir a ideia da disciplina"(Filosofia e Sociologia), por Werne Heisenberg (1927), autor que construiu o famoso princípio da incerteza...

O Primeiro Saber- O Erro e a Ilusão:  está voltado para a assertiva de que a ciência sempre procurou afastar o erro de sua concepção. Podemos constatar a partir das ações praticadas, quando tudo que estava errado tinha que ser integrado para averiguação. Só desta forma poderia ocorrer o avanço. Por isso a essência do primeiro saber está voltada para o avanço. Sem a busca da descoberta para transformação não sairemos do erro tão pouco das ilusões que podem interferir numa possibilidade de reconhecimento sobre algo.(MORIN,2004, p.19-20).

O Segundo Saber-Conhecimento Pertinente: o que é? Aprendemos que, o que nos foi legado foi a ideia de fragmentação.  O que significa, infelizmente, afirmar é quanto mais fragmentamos as disciplinas, melhor o conhecimento avança.  Quanto mais separamos as ciências da natureza, as ciências da cultura, melhor. Da forma que o sistema deseja, logico. Quer dizer que a ciência do conhecimento pertinente vai na contramão dessa ideia  É preciso não destruir a ideia da disciplina, mas reorganizá-las, articular as ideias disciplinares em outro contexto. A ciência atual já o faz. Assim temos como exemplo: a ecologia é a ciência que junta áreas de conhecimentos, as mais variadas. O ecólogo tem que ser simultaneamente um biólogo, antropólogo e filósofo. Pelo menos é necessário essas incumbências do profissional, pois a ideia do conhecimento pertinente, seria uma forma defendida contra a fragmentação e não para a fragmentação. O que vivenciamos na educação atual, em sua grande maioria, é um verdadeiro tiro pela culatra.(MORIN,2004, p.19-20).

O Terceiro Saber- Ensinar a Condição Humana: a condição humana está direcionada a seres capazes de crescer intelectualmente pela própria condição de vida humana em que compreende-se estarem prontos para produzir e compreender com seus significados. Tendo em vista que possuem seus limites e afinidades para áreas diferenciada, o que configura uma aprendizagem em  complemento do outro enquanto Condição humana e co-criação. Conforme compreende-se o potencial humano caminha em conjunto com outros pela colaboração e interação constituindo saberes.

O Quarto Saber- Ensinar a Identidade Terrena: nos questionamos: O que é a terra? Logo refletimos: é a nossa terra pátria. A partir da pergunta direta, percebemos o que realmente é necessário pensar com os educandos. É necessário ensinar que a terra é um pequeno Planeta que precisa ser sustentado a qualquer custo, a ideia da identidade terrena está ligada a ideia da sustentabilidade. O que significa conseguir um Planeta Sustentável? Significa simplesmente ou complexamente construir um planeta que seja viável a futura geração. Se não conseguimos manter o planeta sustentável, certamente, dará sinais de irritabilidade. Como já está acontecendo.(MORIN,2004, p.47-48).

O ser humano é a um só tempo físico, biológico, psíquico, cultural, social e histórico. Esta unidade complexa da natureza humana é totalmente desintegrada na educação por meio das disciplinas, tendo se tornado impossível aprender o que significa ser humano. É preciso restaurá-la, de modo que cada um, onde quer que se encontre, tome conhecimento e consciência, ao mesmo tempo de sua identidade complexa e de sua identidade comum a todos os outros seres humanos. (MORIN, 2004, p.15)

O Quinto Saber- Enfrentar as Incertezas: A ideia cartesiana construiu a hipótese que tudo que é científico pertence ao membro da certeza. Em 1927 Werne Heisenberg construiu seu famoso princípio da incerteza, por isso foi agraciado com o prêmio Nobel. E o que nos diz o princípio da incerteza? Que um determinado elemento atômico pode se comportar simultaneamente como onda e partícula. Nós, humanos, somos partículas e onda como seres portadores de muitas multiplicidades. 

Precisamos ensinar nas escolas a ideia da incerteza. Nossos aluno(a)s precisam perceber essa fragmentação para avançar suas concepções.O conhecimento científico nunca deve ser um produtor absoluto de certezas, ele deve ser crivado pela ideia da incerteza. A incerteza seria o que comandaria a voz do saber, o avanço da cultura(sem certezas), seria incorporar essa ideia nos ensinos de Geografia, História, Filosofia, Línguas, Química, Física, Matemática. Perceber que tudo que foi criado pelo homem é crivado pela ideia da incerteza. Portanto, cabe refletir, analisar...[...] (WERNE HEISENBERG ,1927).

O Sexto Saber- Ensinar a Compreensão: a ideia deve ser o fim e o meio da comunicação humana. A compreensão humana deve ser voltada para comunicação. Se observarmos as instituições de ensino no geral são caracterizadas pela incompreensão, ou seja, disciplinas que brigam com outras, departamentos que não se entendem com outros, áreas de conhecimento que não falam com outras. Seria preciso introduzir o ensino da compreensão nos currículos de qualquer nível. Poderíamos estender o conceito de compreensão ao próprio planeta. O planeta precisa de mais compreensão. Hoje olhando para nossa terra pátria, percebemos que, o que o caracteriza é a incompreensão em todas as partes; Políticas, Ideológicas, Econômicas e Religiosas.

O Sétimo Saber: A Ética do Gênero Humano: ética  palavra complexa, poderemos resumir dizendo que a ética significa apenas " Não desejar para os outros aquilo que não queremos para nós"(Prática). A ética do gênero humano é ANTRO POÉTICA  Logo, ANTROPO= HOMEM. O ensino da antro poética deveria ser introduzido nas escolas, pois ela está ancorada em três segmentos: Primeiro- Indivíduo, Segundo- Sociedade e Terceiro- Espécie. Portanto precisaríamos encontrar uma antro poética que religasse indivíduo, sociedade e espécie e não os mantivesse separados como nos dias atuais.

Referência: MORIN, Edgar. Os Sete Saberes Necessários a Educação do Futuro.2004.



sábado, 2 de março de 2013

Curso "Apresentação de Teleaula"


Artigos em PDF
O curso "Apresentação de Teleaula" é ofertado a modalidade a distância pela professora Patricia Rodrigues. O curso tem a proposta de preparar e capacitar professores para trabalhar com educação a distância.

O objetivo: mostrar as possibilidades de criação, desenvolvimento e produção da teleaula, além de preparar o professor a ministrar aulas em vídeo. 

No curso é  abordado temas essenciais para os profissionais de educação a distância, como: linguagem audiovisual - o uso de imagens, vídeos, filmes, e infoarte para enriquecer a aula; e a apresentação em TV.

O curso também orienta na teoria e na prática a correta utilização da postura, da voz, dos gestos, da maquiagem, o posicionamento diante das câmeras, vestuário adequado, comportamento em entrevistas por meio de dinâmicas diversas e teorias.

Produção de Slides para apresentação em vídeo e avaliação
Bom, eu fiz o curso e recomendo. Diversas possibilidades são articuladas no processo ensino e aprendizagem e existem profissionais capacitados para avaliação necessária durante o percurso. Alguns exemplos:

Tutorial








Vamos lá!

A Patrícia Rodrigues é super didática, inova a plataforma, orienta, se disponibiliza a qualquer interface necessária.

A duração do curso é de 30 dias com carga horária de 40 horas.

A modalidade é a distância em ambiente virtual MOODLE
 Próxima turma: maio/2013. Vagas limitadas.

 Mais informações: patricia.rodrigues@teleaulaead.com.br

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO A DISTÂNCIA



O Núcleo de Estudos de Hipertexto e Tecnologia na Educação da Universidade Federal de Pernambuco (NEHTE/UFPE) informa que foram reabertas as inscrições para o curso de especialização a distância em Tecnologias aplicadas à aprendizagem de língua portuguesa. O curso conta com o apoio do Departamento de Letras e do Programa de Pós-Graduação em Letras da UFPE.

O curso contém 12 módulos, cada um deles com carga horária de 30 horas e duração de 30 dias. Estão programados dois encontros presenciais durante os 15 meses de curso. Cada módulo será realizado por um professor doutor, que produziu o conteúdo, com o apoio de um tutor, ambos vinculados à UFPE.

O curso - que precisou ter o calendário alterado e o início adiado devido a greve das universidades federais em 2012 - é destinado a educadores das diversas áreas das Ciências Humanas.

As vagas são limitadas e o investimento é de 15 parcelas no valor de R$ 270,00 cada. A seleção dos candidatos acontece ainda em janeiro e o início das aulas online está programado para o próximo dia 04 de fevereiro.

METODOLOGIA - O curso funciona no ambiente de aprendizagem Moodle, uma das plataformas mais utilizadas em cursos a distância nas Instituições de Ensino Superior (IES), principalmente nas Universidades Federais e nos Institutos Federais de Tecnologia. Neste ambiente virtual de aprendizagem, os alunos inscritos terão disponíveis, além do conteúdo das disciplinas, fóruns para discussão e ferramentas de interação em tempo real. Todas as disciplinas utilizam conteúdos multimídia.

As atividades propostas em cada um dos módulos (disciplinas) contemplam a teoria e a prática, permitindo que o aluno vivencie ao máximo as situações reais em que as ferramentas tecnológicas devem ser utilizadas em sala de aula.

Ao final do curso, cada aluno deverá escrever uma monografia sobre tema ligado à aplicação de novas tecnologias como suporte para a aprendizagem da Língua Portuguesa.

CALENDÁRIO GERAL E ORIENTAÇÕES PARA INSCRIÇÃO

InscriçõesAté 22 de fevereiro de 2013

Procedimentos para confirmação da inscrição
1.Preencher o formulário de dados cadastrais (etapa dispensável para aqueles que já realizaram a pré-inscrição em 2012) 
2. O candidato deverá efetuar o pagamento da taxa de matrícula no valor: R$11,00 (onze reais) e enviar o comprovante digitalizado ao e-mail do curso (secretaria@nehte.com.br) ou entregá-lo pessoalmente na sala do Nehte das 9h às 12h e das 14h às 17h, no Centro de Artes e Comunicação da UFPE.

Dados para pagamento:

FUNDAÇÃO FADE II - ESPEC LIN POR
Banco do Brasil
Agência 3613-7
Conta Corrente 232147-5

3. Enviar Currículo Lattes (ou o link) e suas comprovações na mesma mensagem de e-mail ou entregá-los presencialmente junto com o comprovante de pagamento.
4. Enviar também cópia autenticada do diploma da graduação na mesma mensagem de e-mail ou entregá-lo presencialmente junto com os demais documentos informados acima (documentos devidamente autenticados). 
Observação: Todos os documentos digitalizados devem ser enviados em um único e-mail, cujo assunto deve seguir o formato: Inscrição - Nome completo.

SELEÇÃO: 23/02/2013 da qual constará de Prova on-line sobre nível de conhecimento de Língua Portuguesa e sobre uso prático da Internet. O teste ocorrerá entre 9h e 12h no site do Nehte. Para ter acesso à Prova e à Redação on-line, o candidato inscrito receberá um login e uma senha em seu e-mail até 1h antes do início do Exame. O software está programado para funcionar em apenas um PC ou notebook e será encerrado automaticamente às 12h (horário de Recife). 

Divulgação dos aprovados: até 25 de fevereiro de 2013;

Matrículas: de 25 de fevereiro a 01 de março de 2013 (presencialmente ou por procuração);

Divulgação de 1º. Remanejamento: 02 de março de 2013;

Matrículas para Remanejados: de 04 a 05 de março de 2013;

Divulgação de 2º. Remanejamento: 06 de março de 2013;

Matrículas para Remanejados: de 07 A 08 de março de 2013;

1º Encontro presencial: 09 de março de 2013, no Miniauditório do Centro de Artes e Comunicação (CAC) da UFPE, das 8h às 10h30min., e, no Laboratório de Informática do CAC das 11h às 12h30min.

Início do curso: 11 de março de 2013
Vagas: 50
Investimento: 15 parcelas de R$ 270,00
Ambiente virtualhttp://www.nehte.com.br/ead/


Ambiente Virtual de Aprendizagem

Núcleo de Estudos de Hipertexto e Tecnologias na Educação (Nehte/UFPE)
http://nehte.com.br/ead/