Honrada, magnífica e possuidora de uma força incomum aos nossos
frágeis olhos. Às vezes é uma fortaleza de solidão entre casos cruéis que são
obrigadas a suportar como: frustrações de abortos, abuso conjugal e traições que,
na maioria dos casos, provoca a desilusão. No filme “A duquesa” temos um exemplo da fortaleza da Mulher Georgiana, que casou-se com o duque com
o único objetivo de lhe dar um herdeiro. Depois de vários abortos e duas
tentativas frustradas, teve duas meninas, mas que não foram amadas pelo duque,
seu cachorro de estimação era mais amado. Ela percebe que seu casamento não é
um conto de fadas, especialmente quando ele começa a passar as noites no quarto
de sua melhor amiga, Bess Foster, a quem ela deu abrigo por ter sido abusada
pelo marido. É uma crônica de infelicidade conjugal que facilmente traça
paralelos com uma vida infeliz. Sofrimento e infelicidade matrimonial parecem
embutidos no DNA da realeza britânica e estão presentes no drama de época. Contudo, a Mãe Georgina, consegue força ao
erguer e administrar o lar e ainda se envolve com política. Talvez para
provocar o marido ou compensar sua solidão, mas não se rende e fala por si
mesma. Faz campanha para o partido Whig, ajudando a eleger um primeiro ministro
e apóia a revolução americana e francesa. O filme insiste em mostrar o quanto
ela foi importante para as mães e mulheres da sua época, mesmo ao custo de
muito sofrimento.
Raros são os exemplos em que na partida de uma mãe, seja por
separação ou desencarne o lar não perca a sua estrutura. Como no grandioso
seriado "Bonanza", em que as mães se foram, mas os homens mantiveram a unidade familiar.
É curioso perceber que no mundo da fantasia da Walt Disney a mãe
não está presente. Seus personagens de quadrinhos geralmente têm apenas tios. Curiosidades
da cultura de massa?
Ao contrário da Walt Disney, os filmes da área da psicologia são densos, principalmente quando relacionam as temáticas da Psicose, aonde e quase sempre mães são citadas em diversos contextos de vida e/ou superação, provocando em nós alguns incômodos. Como é o exemplo do filme "As Faces de Helen"
Ao contrário da Walt Disney, os filmes da área da psicologia são densos, principalmente quando relacionam as temáticas da Psicose, aonde e quase sempre mães são citadas em diversos contextos de vida e/ou superação, provocando em nós alguns incômodos. Como é o exemplo do filme "As Faces de Helen"
Quando estão envolvidas em filmes de comédia nos oferta
fartura de risos. Sua simplicidade e sabedoria são especifica e especial. Age
instintivamente e sua orientação, na maioria das vezes, parte da bússola do
coração. Como podemos conferir no filme "Perfeita é a mãe " .
Uma mãe para defender o filho vira uma leoa e vara noites
acalentando dores do corpo físico sem reclamar. Não à toa a sociedade a
respeita com veneração. Embora seja lamentavelmente lembrada quando falha um
filho. A sociedade machista sempre atribuiu o sucesso filial ao pai, isso é
inegável, embora triste. E assim o profano e o sagrado convivem culturalmente
sob o olhar social.
O respeito pela mãe é a clareza de um valor universal do que uma
criança pode torna-se no futuro. Mal sabe a sociedade o quanto
deve, em carinho, amor, atenção e zelo à mãe negra do período colonial do
nosso país e às nossas ancestrais contadoras de histórias em suas rondas nos
engenhos, que acalentavam com suavidade insubstituível, diversos ouvidos enquanto
varava a madrugada.
Por falar em amor temos um exemplo comovente na Literatura
infantil- a mãe do Patinho Feio. O amor de mãe é tão sublime que só atende a um
imperativo: amar intransigentemente. Ela é o maior marco divisório na
hombridade e na honra de qualquer filho. Ninguém aceita que o nome da mãe seja
tocado. Prova disso é que em várias circunstâncias da vida a forma de ofender
alguém, extravasar a raiva ou satisfazer necessidades coletivas é lamentavelmente
falar mal da mãe alheia.
Aprendemos que mãe nunca é profana, é sempre pura ou santa, e
embora a sua idealização seja universal, não podemos fechar os olhos aquelas
que espancam seus filhos, ou abandonam em lixões, rodoviárias, etc; embora não
devemos julgar a dor que não conhecemos ou suas razões. Determinados atos é
difícil compreender, mas não nos cabe validar. Até porque a sociedade também é implacável
com quem assassina a própria mãe. Existem mães que são abandonadas em asilo,
assim como há mães com o coração despedaçado por presenciar filhos que provocam
a própria morte, e isso independe da dimensão do autoflagelo. Será que existe
dor maior do que uma mãe vê o fruto do seu ventre morrer numa brusca
insensatez?
Para o capitalismo, o dia das mães, é mais uma data comercial em
que a cabeça publicitária “moderniza” o amor materno colocando mulheres pedindo
celulares, carros, sapatos, etc; enquanto a Mãe continua sendo uma Mulher
Insubstituível que fica feliz com um beijo, abraço, um olhar safado e/ou pidão
e uma palavra amorosa, mesmo que a força da grana o queira mercantilizar. Amor
de mãe é anestésico que conforta a alma. A consciência dos filhos é como cavalo
alado (dotados de asas e seres imaginários), mas vão evoluindo ao longo do seu
próprio ritmo e estilo, muitas das vezes em lentidão, porém, passam por um
espiral que abre as cortinas de um picadeiro chamado vida.
A humanidade, por mais moderna que tente se tornar precisa tanto
dela que, a mãe de Jesus é representada através de várias gerações como um
bálsamo de luz que cura a alma dos filhos aflitos em qualquer dimensão. E por falar em bálsamo de luz o filme " As Mães de Chico Xavier" representa bem essa dimensão.
Todos os dias são nossos!